Dr. Gamaliel Marques

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Compesa pode colocar 250 mil clientes no SPC

PADILHA espera atingir 89% de adimplência com ação
ROCHELLI DANTAS

Os consumidores residenciais, comerciais e industriais com contas de água atrasadas há mais de 15 dias devem correr para negociar as dívidas. A partir de hoje, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai intensificar a cobrança, negativando os clientes endividados. Apenas este mês, 50 mil consumidores receberão cartas para negociação e terão um prazo de 30 dias, a contar do recebimento, para negociar a dívida. Caso a negociação não seja feita, os clientes terão os nomes incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e no Serasa (empresa de análise de crédito). A previsão é de que, até o fim do ano, 250 mil clientes tenham seus nomes negativados.


“Reduzindo as perdas nós poderemos melhor negociar o reajuste tarifário. Assim, quanto menor a inadimplência, melhor para a companhia e para os consumidores”, afirmou o diretor Comercial da Compesa, Décio Padilha. Com a fiscalização, a estatal espera aumentar o faturamento em R$ 4 milhões por mês. Apenas os 50 mil consumidores que receberão as cartas este mês representam R$ 6,9 milhões em débitos. “Com a operação nós esperamos atingir 89% de adimplência”, destacou Padilha. No último balanço divulgado, a companhia registrou R$ 200 milhões em inadimplência.


Paralelamente ao processo de negativação, a estatal está fechando o cerco aos usuários de ligações clandestinas. A partir de hoje, cerca de 110 técnicos da companhia irão visitar 214 mil imóveis em todo o Estado. O alvo da fiscalização são os estabelecimentos cujo fornecimento de água foi cortado ou suprimido (ligações inativas e ativas cortadas). “Para identificar as ligações clandestinas, nós utilizaremos duas frentes. Primeiro, faremos um teste para identificar o teor de cloro na água. Caso o teste seja positivo, faremos a escavação, identificando a ligação clandestina”, explicou Padilha.


De acordo com o diretor, como punição aos clandestinos, a companhia aplicará uma multa relativa a 12 meses de consumo. “Este valor será calculado com base no número de instalações no local”, disse. Segundo Padilha, uma orientação para os consumidores é regularizar a situação o quanto antes. “Se a infração for descoberta, as multas são pesadas”, alertou Padilha. Para negociar as dívidas ou normalizar o fornecimento, os consumidores devem comparecer em um dos 123 pontos de atendimento da Compesa. No ano passado, a companhia vistoriou cerca de 300 mil imóveis e encontrou 140 mil ligações irregulares. Como resultado da operação, a Compesa recuperou 1.400 metros cúbicos de água por mês.

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