Dr. Gamaliel Marques

Dr. Gamaliel Marques

domingo, 4 de outubro de 2009

Violência afeta percepção

A pesquisa do Instituto Maurício de Nassau aprofundou a questão da sensação de criminalidade e como ela pode afetar a percepção da democracia entre os eleitores de Pernambuco. A pergunta "você acha que o uso de violência em interrogatórios policiais é justificável?" se enquadra nesse contexto. Dos entrevistados, 44% responderam que nunca aceitariam tal violência. Coincidentemente, ou não, é o mesmo percentual que respondeu que não abre mão da democracia. Na outra ponta, 15% aceitam a violência policial. No meio termo, 36% disseram que sim, mas apenas em alguns casos.

Pelos números da pesquisa, os pernambucanos também querem reforço na segurança. Ao responder a pergunta "você concorda com o uso das Forças Armadas pra reforçar a segurança pública", 58% disseram que sim. Possibilidade que aumenta computado os 28% que responderam que sim, mas apenas em alguns casos. Apenas 10% descartam totalmente o envio de soldados das Forças Armadas para as ruas.

Outro reflexo da sensação de criminalidade pode ser percebidonas respostas à pergunta "qual instituição brasileira você mais confia?" Das seis mais citadas, quatro são relacionadas, direta ou indiretamente, com o tema. De acordo com a pesquisa, 22,4% da população não confia em nenhuma instituição. Entre os que confiam, a mais lembrada foi a "Religião" (12%), seguida pela "Família" (5,1%), Polícia Militar (4,1%), Polícia Federal (3,4%), "Bombeiro" (2,5%) e "Exército (2,4%).

Metodologia - O Instituto Maurício de Nassau ouviu 3.363 eleitores, com 16 anos ou mais, residentes em Pernambuco. A amostra foi seleciona a partir de um plano de amostragem estratificada de conglomerados em três estágios. No primeiro, foram sorteados os municípios. No segundo, foram sorteados os setores censitários e em seguida selecionado um número fixo de pessoas segundo cotas amostrais das variáveis sexo e faixa etária. O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples com nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 2,3 pontos percentuais.

Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/10/04/politica4_1.asp

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