Dr. Gamaliel Marques

Dr. Gamaliel Marques

domingo, 24 de abril de 2011

Confira o raio-x dos três grandes times da capital pernambucana

Enquanto o Sport manteve o esqueleto quase completo da última Série B - a única exceção é Marcelinho Paraíba - o Santa Cruz trocou todos os titulares em relação a 2010. Entre os dois extremos, aparece o Náutico. O Timbu segurou a base ao manter seis jogadores do ano passado na equipe titular. Na véspera das reapresentações oficiais de Náutico, Sport e Santa Cruz, agendadas para esta segunda-feira, de fato, o primeiro dia de branco do novo ano, o Superesportes traz um raio X completo sobre os prováveis times do trio-de-ferro que devem ser escalados na estreia do Campeonato Pernambucano, marcada para o próximo dia 13. Logicamente, alguns ajustes poderão ser feitos. A intenção foi apenas se antecipar e nortear o torcedor a dez dias do pontapé inicial. São números que despertam curiosidade, mas também exigem reflexão.

Senão, vejamos. Apontado como principal favorito a conquistar o sonhado hexa, maior orgulho do Náutico, o Sport tem no entrosamento seu principal trunfo. Ao mesmo tempo, é o time mais velho e baixo em relação aos rivais. Costuma-se dizer, porém, que o entrosamento é o maior reforço de qualquer equipe, exatamente porque não está à venda. De quebra, o Rubro-negro tem no papel o grupo de maior qualidade. Não por acaso, o mais caro.

Mas o Náutico não quer abrir mão da exclusividade do hexa. A contratação do meia Eduardo Ramos, eleito o craque do último Pernambucano com a camisa do Sport, foi a primeira sacudida no ânimo dos alvirrubros. A renovação de Bruno Meneghel e os novos reforços também animaram. Na teoria, o time de 2011 já é melhor que o de 2010. Inicialmente coadjuvante dos rivais, o Santa Cruz montou uma equipe de acordo com o seu atual poderio financeiro. Teoricamente modesta.

Prováveis times:

Sport

Magrão; Renato, André Leoni, Tobi e Dutra; Daniel Paulista, Germano, Fabrício e Romerito; Carlinhos Bala e Ciro. Técnico: Geninho

Náutico

Glédson; Peter, Walter, Eventon Luiz e Jeff Silva; Élton, Everton, Eduardo Ramos e Dinda; Bruno Meneghel e Geílson. Técnico: Roberto Fernandes

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Bruno Leite, Thiago Matias, Thiago Pereira e Alexandre Silva; Jeovânio, Hélton, Diego Biro e Thiago Henrique; Thiago Cunha e Landu. Técnico: Zé Teodoro.

Sem muitas novidades

Ao renovar o seu contrato para a disputa do Estadual de 2011, o técnico Geninho afirmou que gostaria de ´baixar` a média de idade do Sport, que teve um grupo bastante experiente na última Série B. Mas não será possível, pelo menos não no time-base do Leão para o Pernambucano. A média de idade da equipe deve ser de aproximadamente 29,7 anos - considerada alta pelos departamentos de fisiologia. Nada menos que sete atletas têm mais de 30 anos, com destaque para o ´menino Dutra`, agora aos 37. Apesar da contratação de Wellington Saci, de 25 anos, o veterano ala deve começar como titular no lado esquerdo. Em relação à Segundona, o Rubro-negro só tem uma novidade até o momento, visando a estreia contra o América, dia 13.

Trata-se apenas de Carlinhos Bala, o único, também, entre os prováveis titulares que disputou a elite nacional no ano passado. Na questão física, o Sport será o mais baixinho entre os grandes do Recife, sendo o único com média abaixo de 1,80m. Colaborou bastante para isso a entrada do próprio Bala, de 1,62m. A expectativa é que o presidente Gustavo Dubeux anuncie novos reforços até amanhã, data da reapresentação do elenco, na Ilha do Retiro.

Em relação à origem da equipe, os únicos pernambucanos presentes no primeiro desenho tático do Sport estão no ataque. Apenas a região Norte não foi ´contemplada`.

Outra vez, um novo time

O Santa Cruz versão 2011 é realmente novo. Não há nenhum remanescente de 2010 entre os titulares. No máximo, alguns conhecidos da torcida, como o goleiro André Zuba e o zagueiro Thiago Matias, ambos titulares da equipe de 2009 montada por Márcio Bittencourt, e o atacante Thiago Cunha, o velho Capixaba que agora só quer ser chamado de Cunha.

Em 2011, pela quarta vez consecutiva, o Santa Cruz vai tentar sair do buraco. Rebaixado para a Série C em 2007, os insucessos acumulados no último triênio transformaram o período no mais decadente da história do clube. Ainda sem divisão, novamente o Santa terá que buscar uma vaga na Série D através do Pernambucano. Este será o primeiro passo em busca do objetivo entregue nas mãos do técnico Zé Teodoro pelo novo presidente do clube, Antônio Luiz Neto: colocar o Santa na Série C.

Contratado para fazer o que os seus antecessores não conseguiram, Teodoro desembarcou no Arruda com o respaldo do título pernambucano de 2004, conquistado na época em que dirigiu o Náutico. No atual momento, porém, falar em título estadual é complicado, principalmente num ano em que as atenções estão voltadas para os rivais Náutico e Sport. O desafio imediato é formar um time em meio ao caminhão de jogadores contratados, 16 no total. No papel, o primeiro esboço mostra uma equipe na flor da idade, alta e recheada de atletas desconhecidos. No fim das contas, mais uma aposta.

A juventude como arma

Duas negociações foram muito arrastadas em Rosa e Silva no fim de ano, com inúmeros capítulos. Em ambos os casos, porém, um final feliz, com o reforço do meia Eduardo Ramos, eleito o craque do último Estadual - defendendo o Sport -, e a renovação do atacante Bruno Meneghel, destaque da equipe na Série B. Os jogadores estavam no topo da lista de nomes para 2011 elaborada pelo técnico Roberto Fernandes, que topou a missão de defender o hexa alvirrubro, pela terceira vez ameaçado - as anteriores foram em 1974 e 2001. O treinador timbu deverá manter a equipe com a formação 4-4-2, podendo variar o desenho tático no decorrer da partida. Com isso, mais pressão nos dois volantes, dando mais liberdade ao setor de criação, à frente. Assim, Eduardo Ramos, menos sobrecarregado, poderá municiar o ataque.

Com a base titular do último Brasileiro, Roberto Fernandes acabou rejuvenecendo o time, o mais jovem da capital, com uma média de 25 anos. Nenhum atleta, no levantamento do Superesportes, tem mais de 30 anos. Sobra juventude, mas falta um pouco mais de experiência, uma carência que a diretoria do Náutico quer suprir até a estreia no Pernambucano. O meia Luciano Henrique, de 32 anos (outro ex-Sport), seria o nome mais cotado para esta lacuna. Em relação ao porte do time, trata-se de um grupo alto, principalmente na zaga, com dois defensores de 1,90m: Walter e Everton Luiz.

Fonte: http://www.pe.superesportes.com.br/app/18,108/2011/01/02/noticia_sport,5928/confira-o-raio-x-dos-tres-grandes-times-da-capital-pernambucana.shtml

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