Dr. Gamaliel Marques

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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Mais de cinco milhões de meninas vão tomar vacina contra HPV pelo SUS

Cerca de 270 mil mulheres morreram de câncer de colo do útero nos últimos anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos, só em 2014. A principal causa? 70% dos casos estão diretamente relacionados à contaminação pelos tipos 16 e 18 do vírus HPV. De olho nisso, o SUS vai oferecer, a partir do dia 10 de março, vacinas a meninas de 11 a 13 anos. Essa será a primeira vez em que a população terá acesso gratuito a uma vacina que protege contra o câncer.

A faixa etária se justifica pelo fato de a vacina ter eficácia comprovada quando tomada por quem ainda não teve nenhum contato com o vírus, ou seja, nenhuma relação sexual. Daí a importância da atenção dos pais em relação à iniciativa.

As doses estarão disponíveis em 36 mil postos da rede pública durante o ano todo e pretende atingir 80% do público-alvo, cerca de 5,2 milhões de meninas. Para recebê-la, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Porém, a garantia da proteção se dá somente após três etapas. Isso significa que uma segunda dose deve ser tomada seis meses depois, e uma terceira, cinco anos após a primeira.

Mas vale ressaltar que a prevenção não pode parar por aí, já que o câncer do colo de útero tem a terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres, ficando atrás apenas do de mama e do de cólon e reto. Tomar a vacina não elimina a necessidade do uso de preservativos e também da realização periódica do Papanicolau, exame que ajuda na prevenção de qualquer câncer ginecológico, e indicado para mulheres que tenham entre 25 e 64 anos. Ele é capaz de detectar alterações precoces de infecções causadas pelos mais de 100 tipos de HPV existentes que, na sua maioria, não levam a um diagnóstico mais grave, mas dão origem a feridas e verrugas de tamanhos variáveis nas regiões genitais, que precisam ser tratadas para evitar transmissão do vírus.

Enquanto a campanha não atinge uma gama maior de mulheres, é possível encontrar a vacina em laboratórios particulares com preços que variam de R$ 450 a R$ 900.

Fonte: Brasil Post

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