Dr. Gamaliel Marques

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sábado, 4 de junho de 2016

PDT expulsa deputado e suspende outros cinco que votaram pelo impeachment

O diretório nacional do PDT puniu, na segunda-feira (30) de maio, os seis deputados que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, contrariando a orientação partidária. A punição mais grave foi aplicada a Giovani Cherini (RS), que foi expulso da legenda. Os outros cinco parlamentares – Sérgio Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), Mário Heringer (MG), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM) – foram suspensos por 40 dias. Flávia e Vidigal também foram afastados do comando dos diretórios estaduais de Goiás e do Espírito Santo.


A cúpula partidária alega que Cherini foi expulso por ter feito campanha a favor do afastamento da presidente e ter atuado nos bastidores para convencer colegas a descumprirem a determinação partidária. Em nota, o deputado gaúcho, que está em seu segundo mandato, acusou o presidente do PDT, Carlos Lupi, de covardia e agir por “interesses inconfessáveis”.

“Fui, enfim, vítima de um covarde, que com interesses inconfessáveis comanda o PDT com mão de ferro sem jamais se colocar sob o crivo do voto popular, inarredavelmente divorciado da vontade das bases populares que diz representar”, protestou.

Com uma bancada de 19 deputados, o PDT deu 12 votos contrários ao impeachment na Câmara. Além dos seis deputados punidos por terem votado a favor do processo, houve uma abstenção, com Pompeu de Matos (RS). A presidente afastada Dilma Rousseff foi assessora de Pompeu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O PDT ainda deve examinar processos contra os senadores pedetistas Lasier Martins (RS) e Acir Gurgacz (RO), que também votaram a favor do impeachment.

Com participação no governo Dilma, o partido fechou questão antes da votação na Câmara. “Os parlamentares que votarem a favor do impedimento da presidenta Dilma Rousseff sofrerão as sanções previstas no estatuto que prevê a expulsão e a consequente perda do mandato parlamenta, além da imediata intervenção nas direções estaduais e municipais nos casos pertinentes”, escreveu Lupi em comunicado divulgado dias antes da decisão dos deputados.

Fonte: UOL

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