BRASÍLIA (Reuters) - O pedido de inclusão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como réu do processo que apura o mensalão foi negado novamente pelo plenário do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira.
A decisão dos ministros foi tomada de maneira unânime. O STF avaliou que se o então procurador da República, Antônio Fernando de Souza, não encontrou indícios para incluir o presidente Lula na denúncia é porque não era possível a inclusão. Ele foi o autor da denúncia que originou a ação penal em curso no STF.
A questão de ordem surgiu a partir de um pedido da defesa do presidente do PTB, Roberto Jefferson, para que Lula fosse incluído como réu no processo do mensalão, suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ocorrido no primeiro mandato de Lula. Jefferson afirma que avisou Lula do mensalão.
Este não é o primeiro pedido para que o tribunal decida se Lula será incluído como réu no processo. A solicitação já foi negada uma outra vez pelo plenário e outra pelo relator Joaquim Barbosa.
Jefferson, que teve o mandato de deputado cassado, foi o autor da divulgação das denúncias que trouxeram o escândalo do PT à tona em 2005. A ação penal em curso no STF pode condenar 39 réus por crimes contra a administração pública.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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