A vereadora do Recife Marília Arraes (PSB) criticou a decisão da Executiva Nacional do PSB, divulgada na terça-feira (7), de apoiar à candidatura presidencial de Aécio Neves, do PSDB, no segundo turno nesta eleição. Marília se referiu à legenda tucana como de “direita” e lembrou de lideranças socialistas como seu avô, o ex-governador Miguel Arraes (1916-2005) e João Mangabeira (1880-1964). Os tucanos, no entanto, se definem como militantes da social-democracia, ideologia muito forte em países europeus como Suécia e Noruega.
“O partido decidiu apoiar o candidato Aécio Neves para o segundo turno das eleições presidenciais em uma manobra que, ao meu ver, coloca o pragmatismo acima da ideologia e visa apenas à busca do poder pelo poder”, destacou a socialista numa publicação no seu perfil oficial no Facebook na quinta-feira (9). No início da campanha, Marília Arraes declarou que não ia pedir votos ao governador eleito Paulo Câmara, de seu partido, por criticar, também, as alianças celebradas pelo PSB em Pernambuco, entre elas, com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
“Ao meu ver, o PSB está perdendo o rumo e enterrando os seus princípios. Escutei Miguel Arraes se referir, algumas vezes, a situações parecidas como ‘caminho da perdição’. Assim como Erundina, Capiberibe, Roberto Amaral e outros companheiros, não concordo com o posicionamento do PSB”, completou a socialista. Na publicação, Marília Arraes ainda reforça que vai militar na campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa à reeleição. No partido, nesta eleição, Marília Arraes não teve apoio para disputar uma vaga na Câmara Federal.
Confira a publicação na íntegra
Será que querem transformar o “S” do PSB em apenas uma letra?
O partido decidiu apoiar o candidato Aécio Neves para o segundo turno das eleições presidenciais em uma manobra que, ao meu ver, coloca o pragmatismo acima da ideologia e visa apenas à busca do poder pelo poder. Não vejo outra explicação para o fato de a legenda (infelizmente, tenho que chamar assim) aliar-se a um partido de direita, que sempre combatemos e que não representa em nada os nossos ideais progressistas e socialistas. Como é possível ignorar todos os avanços sociais do projeto político conduzido por Lula e por Dilma ? Questiono ainda como um partido de esquerda que teve dentre seus quadros grandes líderes políticos do Brasil, por exemplo, Houaiss, Mangabeira e Arraes, pode se unir a uma legenda ligada aos interesses dos mais conservadores, da parcela mais privilegiada de nossa população?
Ao meu ver, o PSB está perdendo o rumo e enterrando os seus princípios. Escutei Miguel Arraes se referir, algumas vezes, a situações parecidas como "caminho da perdição".
O partido decidiu apoiar o candidato Aécio Neves para o segundo turno das eleições presidenciais em uma manobra que, ao meu ver, coloca o pragmatismo acima da ideologia e visa apenas à busca do poder pelo poder. Não vejo outra explicação para o fato de a legenda (infelizmente, tenho que chamar assim) aliar-se a um partido de direita, que sempre combatemos e que não representa em nada os nossos ideais progressistas e socialistas. Como é possível ignorar todos os avanços sociais do projeto político conduzido por Lula e por Dilma ? Questiono ainda como um partido de esquerda que teve dentre seus quadros grandes líderes políticos do Brasil, por exemplo, Houaiss, Mangabeira e Arraes, pode se unir a uma legenda ligada aos interesses dos mais conservadores, da parcela mais privilegiada de nossa população?
Ao meu ver, o PSB está perdendo o rumo e enterrando os seus princípios. Escutei Miguel Arraes se referir, algumas vezes, a situações parecidas como "caminho da perdição".
Assim como Erundina, Capiberibe, Roberto Amaral e outros companheiros, não concordo com o posicionamento do PSB.
Tudo isso, só me faz ter a certeza de que, com meus posicionamentos, me mantive do lado em que sempre estive.
Mantenho o meu empenho na reeleição de Dilma Rousseff.
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