Não foi à toa que a torcida do Santa Cruz comemorou o empate em 0x0 com o Central, ontem, no Luiz Lacerda, em Caruaru, como se fosse uma vitória. Além das circunstâncias da partida - a Patativa desperdiçou um pênalti no segundo tempo -, com esse resultado, o Tricolor só depende de suas próprias forças para passar à fase seguinte do Brasileiro da Série C. Com sete pontos, em segundo lugar no Grupo 5, a equipe coral joga seu destino na competição em casa, domingo, contra o Campinense/PB, precisando da vitória. O detalhe é que o time paraibano, com dez pontos, garantiu-se na etapa seguinte com uma vitória de 6x2 sobre o Potiguar, lanterna com quatro. A Patativa tem seis.
Como se esperava, Santa Cruz e Central fizeram um primeiro tempo bastante nervoso, com muitas faltas e poucas oportunidades de gol. O Tricolor assustava principalmente com o atacante Edmundo, responsável pelas duas principais chances da etapa inicial. A primeira aos 17 minutos e a segunda aos 34. A Patativa chegava perigosamente através das bolas paradas.
O técnico coral Bagé optou por uma formação mais cautelosa, com três volantes, mas, aos 31, resolveu mudar. Tirou Memo para colocar o atacante Cléo. De cara, a alteração levou o Santa Cruz para frente, porém, tudo foi por água abaixo quando o zagueiro Wequisley, aos 38, fez falta dura em Cláudio e acabou expulso.
O Santa Cruz até que tentou voltar com tudo no segundo tempo, esquecendo a vantagem numérica do adversário. Foi para cima e pelo menos conseguiu deixar o jogo parelho. Aos 18, a tensão tomou conta da torcida coral. Gonçalves fez pênalti em Marco Antônio. O próprio atacante, ex-Náutico, Santa Cruz e Sport, partiu para a cobrança, mas mandou para fora de maneira bisonha.
E o lá e cá continuou. Aos 21, Edmundo acertou a trave de Davi. Três minutos depois, veio o troco. Marco Antônio tabelou com Márcio e finalizou com força no travessão de Glédson. Aos 27, os times voltaram a ficar em igualdade numérica. Márcio fez falta forte e como já tinha amarelo foi expulso.
Se já encarava a partida com bastante determinação, agora o Tricolor foi com tudo em busca da vitória. Com isso, a equipe coral ficou exposta aos contra-ataques do Central, que também chegava perigosamente. Os avanços, porém, passaram a ser feitos de maneira desordenada, e o empate persistiu até o apito final.
Central
Davi; Jamesson (Tony), William Paraná, Bebeto e Gaspar (João Neto); Neto, Doda, Márcio e Aílton; Cláudio e Marco Antônio (Gil)Técnico: Marcelo Vilar
Santa Cruz
Glédson; Rafael Mineiro, Wequisley, Gonçalves e Marcos Vinícius; Alexandre Oliveira, Gedeíl, Memo (Cléo) e Juninho; Patrick (Bruno) e Edmundo (Gilberto)Técnico: BagéLocal:
LacerdãoÁrbitro: Arílson Bispo (BA)
Assistentes: Pedro Jorge dos Santos (AL) e Ivaney Alves de Lima (SE)Cartões amarelos: Cláudio, João Neto (C) e Marcos Vinícius (SC)Cartões Vermelhos: Wequisley (SC) e Márcio (C)Público: 10.941
Renda: R$ 58.940,00