Dr. Gamaliel Marques

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Denúncias sobre a unidade da FUNASE de Caruaru no ABTV


Uma reportagem de 18min30seg da ABTV registraram diversas denúncias da unidade da FUNASE de Caruaru, as denuncias são tão graves que o Presidente da Instituição foi obrigado a responder, suas respostas nada convincentes, fugindo sempre do tema que foi discutido.               
            
No início da reportagem foram mostradas diversas fotos tiradas de dentro da FUNASE Caruaru e postadas nas redes sociais em páginas dos socioeducandos, seguindo com as diversas rebeliões seguidas com mortes, e as fugas, entre diversas confusões que vem acontecendo lá, e a falta de segurança.
Falaram sobre as condições de trabalho dos Agentes Socioeducativos, os quais relataram sobre as concessões realizadas pela direção, as apreensões realizadas na unidade de drogas, armas e celulares, que são marcados pelos agentes no ato da apreensão, e depois são devolvidos aos socioeducandos. Além, das agressões que ocorrem entre eles e os Agentes Socioeducativos não tem condições de impedir por não ter efetivo. As regalias para o chefe do comando paralelo, usando joias, ostentando dentro da unidade, e ganhando o respeito dos outros, e diz quem deve ficar nos pavilhões ou não, tudo com apoio da direção da unidade.
Agora, quando um Agente Socioeducativo sofre uma agressão não tem o apoio da direção da unidade, para punir o socioeducando, ficando cada vez mais difícil trabalhar na unidade, pois os socioeducandos estão ficando cada vez mais violentos com apoio da direção.
O Presidente da FUNASE Moacir Carneiro deu algumas respostas nada convincentes, sobre os temas: comando paralelo, armas e drogas, a oração, uso de redes sociais, em fim, admitiu a falta de policiamento nas guaritas externas, e isto abre espaço para que sejam jogados pacotes com drogas, armas, celulares..., quanto à devolução dos celulares que são apreendidos aos Socioeducando disse desconhecer.
Ao final de programa falou Ana Maria de Barros, pesquisadora segurança pública e direitos humanos, discorrendo sobre a cultura carcerária marcada pela existência de liderança, e sobre as denúncias dos funcionários são graves e devem ser apuradas e punidas, quanto ao Estado tem obrigação fazer com os socioeducandos cumpram as regras que a Lei impõe, em relação ao comprometimento das relações promíscuas entre uma direção de uma unidade e uma direção compromete a ressocialização, quanto aos Agentes Socioeducativos tem duas funções que são muito difíceis por ser agente ressocializador e agente de repressão.
Em fim, isto não é a realidade só da unidade da FUNASE de Caruaru, mas em quase 100% (cem por cento), tendo em vista que os Agentes Socioeducativos sofrem todos os tipos de repressão, ou seja, salarial, assédio moral e dos Socioeducandos.

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