Uma reportagem de 18min30seg da ABTV registraram diversas
denúncias da unidade da FUNASE de Caruaru, as denuncias são tão graves que o
Presidente da Instituição foi obrigado a responder, suas respostas nada
convincentes, fugindo sempre do tema que foi discutido.
No início da reportagem foram mostradas diversas fotos
tiradas de dentro da FUNASE Caruaru e postadas nas redes sociais em páginas dos
socioeducandos, seguindo com as diversas rebeliões seguidas com mortes, e as
fugas, entre diversas confusões que vem acontecendo lá, e a falta de segurança.
Falaram sobre as condições de trabalho dos Agentes
Socioeducativos, os quais relataram sobre as concessões realizadas pela
direção, as apreensões realizadas na unidade de drogas, armas e celulares, que
são marcados pelos agentes no ato da apreensão, e depois são devolvidos aos
socioeducandos. Além, das agressões que ocorrem entre eles e os Agentes
Socioeducativos não tem condições de impedir por não ter efetivo. As regalias
para o chefe do comando paralelo, usando joias, ostentando dentro da unidade, e
ganhando o respeito dos outros, e diz quem deve ficar nos pavilhões ou não, tudo
com apoio da direção da unidade.
Agora, quando um Agente Socioeducativo sofre uma agressão
não tem o apoio da direção da unidade, para punir o socioeducando, ficando cada
vez mais difícil trabalhar na unidade, pois os socioeducandos estão ficando
cada vez mais violentos com apoio da direção.
O Presidente da
FUNASE Moacir Carneiro deu algumas respostas nada convincentes, sobre os
temas: comando paralelo, armas e drogas, a oração, uso de redes sociais, em
fim, admitiu a falta de policiamento nas guaritas externas, e isto abre espaço
para que sejam jogados pacotes com drogas, armas, celulares..., quanto à
devolução dos celulares que são apreendidos aos Socioeducando disse desconhecer.
Ao final de programa
falou Ana Maria de Barros, pesquisadora segurança pública e direitos humanos,
discorrendo sobre a cultura carcerária marcada pela existência de liderança, e sobre
as denúncias dos funcionários são graves e devem ser apuradas e punidas, quanto
ao Estado tem obrigação fazer com os socioeducandos cumpram as regras que a Lei
impõe, em relação ao comprometimento das relações promíscuas entre uma direção
de uma unidade e uma direção compromete a ressocialização, quanto aos Agentes
Socioeducativos tem duas funções que são muito difíceis por ser agente
ressocializador e agente de repressão.
Em fim, isto não é a realidade só da unidade da FUNASE de
Caruaru, mas em quase 100% (cem por cento), tendo em vista que os Agentes
Socioeducativos sofrem todos os tipos de repressão, ou seja, salarial, assédio
moral e dos Socioeducandos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário