Dr. Gamaliel Marques

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Gajop envia documento à ONU sobre o caso Maristela Just

O Gajop enviou à relatora especial sobre a Independência dos Juízes e Advogados do Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os direitos Humanos, Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva, um documento relatando o homicídio de Maristela Just, ocorrido no dia 4 de abril de 1989, no município de Jaboatão dos Guararapes, que permanece sem julgamento.
(Grifo meu)


No documento, o Gajop solicita a intervenção da relatora junto ao governo brasileiro para que seja dada prioridade processual em todas as instâncias do Judiciário ao processo. A nova data do julgamento foi marcada para o próximo dia 1º de junho.



No texto, o Gajop detalha o caso e relata a atuação da Justiça no caso. “José Ramos Neto foi preso em flagrante delito e confessou espontaneamente a autoria do crime. Ele ficou preso durante um ano e foi solto por força de um habeas corpus impetrado por seu pai, Gil Teobaldo”, diz a entidade em um trecho do documento.



O coordenador do Programa de Direitos Humanos Internacionais do Gajop, Luis Emmanuel Barbosa da Cunha, informou que a entidade continua acompanhando o caso e informará à ONU sobre seus desdobramentos.



Adiamento - O julgamento do acusado de matar Maristela deveria ter ocorrido no dia 13 de maio passado, mas o júri foi adiado porque o réu, José Ramos Lopes Neto, e o advogado dele, Humberto Albino de Moraes, não compareceram à sessão, marcada para ser realizada no Fórum de Jaboatão dos Guararapes. A juíza Inês Maria de Albuquerque Alves arbitrou uma multa de 50 salários mínimos para o advogado e nomeou um defensor público para atuar na próxima data do julgamento, caso a defesa volte a não comparecer. A notícia do adiamento deixou a família da vítima desconsolada.



Maristela Just foi assassinada com três tiros à queima-roupa pelo ex-marido, que na ocasião também atingiu com disparos de arma de fogo os dois filhos do casal, Zaldo Neto, na época com dois anos, e Nathália, à época com qautro anos. Zaldo, inclusive, hoje tem paralisia no lado esquerdo do corpo. Além deles, o irmão de Maristela, Ulisses Ferreira Just também foi ferido por um disparo feito por José Ramos.



Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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