Com um impacto de R$ 74,4 milhões nos cofres da Prefeitura do Recife, a proposta de reajuste salarial para os servidores municipais será votada, na próxima segunda-feira, na Câmara de Vereadores, e deverá ser aprovada por unanimidade em plenário. Apesar da realização, ontem, de uma reunião entre vereadores, representantes do Governo e servidores de diversas categorias para discutir os percentuais anunciados pelo Executivo, os números propostos não sofreram variação. O encontro, ocorrido no plenarinho da Casa de José Mariano, acabou ganhando contornos para “balizar” a participação do funcionalismo no processo.
A média dos reajustes sobre a remuneração dos servidores ficou na casa de 6,13%, com variações para compensar perdas salariais, além da implementação de gratificação para algumas categorias. “Eu participo de fóruns de secretários de Administração de cidades brasileiras e esse é o maior aumento registrado entre as capitais do País”, assegurou o titular da pasta, Fernando Nunes. O auxiliar revelou que a ideia inicial da gestão era empregar R$ 42 milhões, contudo foi verificado que o valor de R$ 74,4 milhões se aproximaria da necessidade de compensação de perdas dos últimos anos.
Embora o montante apresentado pelo secretário Fernando Nunes, aparentemente, causasse um impacto positivo, a grande maioria dos servidores presentes na reunião mostrou-se insatisfeita com os números apresentados pelo Governo e, principalmente, com a impossibilidade de uma negociação entre as categorias e a Prefeitura. Gritos de “para que uma reunião que não decide” foram ouvidos durante e ao final do encontro. Os funcionários públicos deixaram o local irritados com o que chamaram de “falta de tato” para negociação.
Na tentativa de dirimir a insatisfação dos servidores, o diretor de Relações do Trabalho da Secretaria de Administração, Paulo Ubiratan Vieira da Silva, disse que a PCR estará aberta ao diálogo para rever, no futuro, os percentuais dos próximos reajustes. Afirmação foi condenada pelo líder em exercício da oposição na Câmara, vereador Gustavo Negromonte (PMDB). “Por que discutir no futuro e não agora, que é a hora? O Governo mandou a lei pronta como se ela fosse perfeita e acabada. Será que era necessário o prefeito João da Costa (PT) renunciar para mudar”, questionou o peemedebista.
Fonte:http://www.folhape.com.br/index.php/edicao-de-hoje/571529-reajuste-servidor-da-pcr-tera-613
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