O presidente do Santa Cruz, Antonio Luiz Neto, apresentou nesta tarde ao prefeito do Recife, João da Costa, o novo projeto da Arena Coral, que seria o estádio do Arruda requalificado, ampliado, adaptado para receber eventos internacionais, com direito a um centro de compras.
O custo da ampla reforma é de pouco mais de R$ 200 milhões. Os dirigentes do Santa Cruz afirmam que as obras serão auto-sustentáveis. Antonio Luiz Neto disse ao Blog do Torcedor, no programa Esporte10 da última terça-feira, que elas seriam financiadas com base na compra de cadeiras cativas pelo torcedor coral e também dos novos camarotes — cerca de 150.
Serão 23 mil cadeiras cativas, ao preço de R$ 9 mil, que poderiam ser parcelados com um esquema de financiamento incluindo um banco nacional. O torcedor pagaria pouco mais de R$ 100 por mês. Numa conta rápida, se as 23 mil cadeiras cativas fossem vendidas ao preço de R$ 9 mil, já se chegaria ao valor de R$ 207 milhões. Entretanto, é evidente que não haverá tanta gente com condições de pagar esse preço. Nem mesmo no quadro de sócios em dia o Santa Cruz tem 23 mil.
Apesar de o Santa Cruz afirmar que o projeto é auto-sustentável, as obras dependem também da Prefeitura do Recife. O projeto do clube requer a desapropriação de pouco mais de 20 casas vizinhas ao estádio do Arruda. Eis talvez o principal ponto a ser tratado com a Prefeitura do Recife.
O Blog do Torcedor tentou conversar com Antonio Luiz Neto em vários momentos nesta sexta-feira, mas ele não atendeu os telefones. Alguns interlocutores do Santa Cruz, no entanto, nos disseram que a cúpula coral ficou satisfeita com a reunião.
Conseguir o financiamento e a parte da prefeitura não será nada fácil. Por enquanto, ainda é muito difícil que o projeto possa ser realizado. Hoje, pode-se dizer que ainda é um sonho. Mas o Santa Cruz está fazendo o correto ao batalhar por isso.
COMO SERIA A ARENA CORAL - Da atual capacidade de 55 mil torcedores, o José do Rego Maciel passaria para 70 mil. Seria mais 150 camarotes. O clube pretende fechar o anel superior; hoje existem alguns espaços abertos como que fazendo divisórias entre setores do estádio. Todo o anel inferior teria assentos; já o anel superior, não. O projeto é dos arquitetos Silvio Andrade Lima, César Augusto e Reginaldo Esteves. Além disso, um item importante do projeto é a criação de um centro de compras, que poderia ser arrendado para gerar receita ao clube.
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