Índia de tribo guajajara pinta o rosto de sue filho na Aldeia Maracanã, antigo museu do Índio. |
O cerco acontece um dia depois do vencimento do prazo estabelecido pela Justiça para que os indígenas abandonem a edificação, localizada próxima ao estádio do Maracanã e que será transformada em um museu esportivo como parte das obras para a Copa do Mundo de 2014.
A operação policial causou uma confusão nas imediações do antigo Museu do Índio devido ao fato de que os manifestantes pretendiam apoiar os cerca de 40 indígenas que estavam dentro da edificação, em sua maioria estudantes e militantes de partidos de esquerda, que foram impedidos de se aproximar.
Dois manifestantes que estavam concentrados em uma avenida que passa em frente ao edifício foram detidos quando tentaram ultrapassar o cerco policial.
A polícia mantém a medida enquanto representantes do Governo do Rio tentam negociar com os índios o abandono pacífico do local.
O cerco, no entanto, pode se estender por mais tempo porque um juiz concedeu hoje uma tutela solicitada pela Ordem dos Advogados do Brasil para impedir que a polícia ingresse no Museu do Índio até que se esgotem todas as tentativas de negociação.
Os negociadores do Governo só convenceram os indígenas mais velhos de abandonarem a edificação e se alojarem provisoriamente em um hotel.
O Governo do Rio de Janeiro propôs construir um centro cultural para os índios em outro lugar, mas os manifestantes alegam que estarão afastados do centro da cidade e isolados.
A construção em disputa, vizinha ao Maracanã e construída em 1850, abrigou o Museu do Índio entre 1910 e 1978, ano no qual foi abandonado e o acervo trasladado a outra direção no bairro de Botafogo.
A edificação permaneceu abandonada por quase três décadas e em 2006 foi ocupada por indígenas que necessitavam de um local de alojamento em suas visitas ao Rio de Janeiro.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/desocupacao-de-museu-do-indio-no-rio-de-janeiro-tem-tumulto-e-detencoes,3f54e01a4fc8d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
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