Plínio, de 26 anos, necessita viajar até Curitiba. Estado só teria oferecido voo comercial
Plínio Fellipe, antes da doença, aos 19 anos e depois, aos 26 anos, já bastante fragilizado.
Um tipo raro de encefalopatia progressiva, mal que, em sua fase adulta, causa sequelas neurológicas e encurta a expectativa de vida de um indivíduo. Isso é tudo o que se sabe sobre a doença de Plínio Fellipe Marques dos Santos, 26, natural do município de Garanhuns, no agreste pernambucano. A família do jovem que, há sete anos não anda, não fala, respira com dificuldades e se alimenta através de uma sonda, precisa levá-lo, em um voo UTI, até a área de atuação neurológica do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba – PR, local especializado em encefalopatias, mas não dispõe dos recursos necessários e teve o seu pedido de ajuda negado pelo Estado.
Jeane Marques da Silva, 50, manicure e mãe de Plínio Fellipe, conta que o Governo do Estado de Pernambuco, junto com a Prefeitura de Garanhuns, já custeou diversas viagens por todo o Brasil para que o jovem pudesse se tratar, mas que, nessas ocasiões, a situação do jovem era bem melhor. “Nós já fomos para estados como São Paulo, Brasília, Fortaleza e, inclusive, Curitiba. Mas, nessas viagens, o meu filho não estava tão mal de saúde. Por isso, viajamos em voos comerciais, mas agora isso não é possível”, contou.
Segundo a mãe de Plínio, a próxima viagem seria a mais importante para o seu filho: “As outras viagens foram apenas para realizar consultas, a próxima seria para que os médicos o investigassem e dissessem se há ou não tratamento no Brasil”, completou.
Ela disse ainda que, por conta da agravação do quadro clínico de Plínio, vários médicos já lhe deram laudos que comprovam a necessidade de um voo em um avião UTI, no entanto, o Estado só estaria interessado em pagar um novo voo comercial. O portal Folha de Pernambuco entrou em contato com a Secretária Estadual de Saúde - SES que, através de nota, alegou que, legalmente, não pode custear o voo fretado, em avião UTI, com destino a Curitiba, para que Plínio Fellipe dos Santos se submeta a tratamento na capital Paranaense.
A nota dizia ainda que, a transferência de pacientes entre os estados da Federação pelo Sistema Único de Saúde é feita através do Programa de Tratamento Fora de Domicílio - TFD. No entanto, esse programa, veda o fretamento de voos para atendimentos como o de João Fellipe, só sendo possível a transferência por meio dos voos regulares.
Insatisfeita com a situação, a família de João Fellipe afirmou que pretende recorrer ao Ministério Público de Pernambuco - MPPE para resolver o problema do jovem. “Vou fazer tudo o que puder, tenho esperança de curar o meu filho”, disse Jeane Marques, mãe do jovem.
Você pode ajudar João Fellipe depositando qualquer valor na poupança de número: 0052 013 000 18976-1, da Caixa Econômica Federal, ou entrar em contato para oferecer auxílio pelos telefones (87) 3761.0265 e (87) 9601.2585.
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