Dr. Gamaliel Marques

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Jovem com doença neurológica rara precisa de voo UTI para continuar tratamento

Plínio, de 26 anos, necessita viajar até Curitiba. Estado só teria oferecido voo comercial


Plínio Fellipe, antes da doença, aos 19 anos e depois, aos 26 anos, já bastante fragilizado.
 
Um tipo raro de encefalopatia progressiva, mal que, em sua fase adulta, causa sequelas neurológicas e encurta a expectativa de vida de um indivíduo. Isso é tudo o que se sabe sobre a doença de Plínio Fellipe Marques dos Santos, 26, natural do município de Garanhuns, no agreste pernambucano. A família do jovem que, há sete anos não anda, não fala, respira com dificuldades e se alimenta através de uma sonda, precisa levá-lo, em um voo UTI, até a área de atuação neurológica do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba – PR, local especializado em encefalopatias, mas não dispõe dos recursos necessários e teve o seu pedido de ajuda negado pelo Estado.

Jeane Marques da Silva, 50, manicure e mãe de Plínio Fellipe, conta que o Governo do Estado de Pernambuco, junto com a Prefeitura de Garanhuns, já custeou diversas viagens por todo o Brasil para que o jovem pudesse se tratar, mas que, nessas ocasiões, a situação do jovem era bem melhor. “Nós já fomos para estados como São Paulo, Brasília, Fortaleza e, inclusive, Curitiba. Mas, nessas viagens, o meu filho não estava tão mal de saúde. Por isso, viajamos em voos comerciais, mas agora isso não é possível”, contou.
 
Segundo a mãe de Plínio, a próxima viagem seria a mais importante para o seu filho: “As outras viagens foram apenas para realizar consultas, a próxima seria para que os médicos o investigassem e dissessem se há ou não tratamento no Brasil”, completou.
 
Ela disse ainda que, por conta da agravação do quadro clínico de Plínio, vários médicos já lhe deram laudos que comprovam a necessidade de um voo em um avião UTI, no entanto, o Estado só estaria interessado em pagar um novo voo comercial. O portal Folha de Pernambuco entrou em contato com a Secretária Estadual de Saúde - SES que, através de nota, alegou que, legalmente, não pode custear o voo fretado, em avião UTI, com destino a Curitiba, para que Plínio Fellipe dos Santos se submeta a tratamento na capital Paranaense.
 
A nota dizia ainda que, a transferência de pacientes entre os estados da Federação pelo Sistema Único de Saúde é feita através do Programa de Tratamento Fora de Domicílio - TFD. No entanto, esse programa, veda o fretamento de voos para atendimentos como o de João Fellipe, só sendo possível a transferência por meio dos voos regulares.
 
Insatisfeita com a situação, a família de João Fellipe afirmou que pretende recorrer ao Ministério Público de Pernambuco - MPPE para resolver o problema do jovem. “Vou fazer tudo o que puder, tenho esperança de curar o meu filho”, disse Jeane Marques, mãe do jovem.
 
Você pode ajudar João Fellipe depositando qualquer valor na poupança de número: 0052 013 000 18976-1, da Caixa Econômica Federal, ou entrar em contato para oferecer auxílio pelos telefones (87) 3761.0265 e (87) 9601.2585.
 

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