A promotora Jecqueline Guilherme Aymar Elihimas, que atua na Defesa da Criança e Adolescente, abriu inquérito contra o Governo do Estado sobre a falta de fornecimento de alimentos para as crianças nas casas de acolhida (locais onde ficam as crianças e pais do interior, durante tratamento médico na rede pública da Capital).
Segundo a promotora, em 2014, já tinha havido uma investigação sobre a falta de comida, mas a situação tinha sido resolvida.
“Novas notícias chegaram, de que o fornecimento dos alimentos voltou a ser irregular, além de haver falta de pagamentos a prestadores de serviço que não compareceriam mais ao serviço”, disse a promotora em despacho no inquérito.
A própria promotora esteve em visita a casa de acolhida no bairro da Madalena, na segunda-feira (06).
“A gravidade da situação motivou uma visita, imediata, em 06/7/2015, desta Promotora de Justiça à unidade da Madalena, sendo constatado, no local, a insuficiência de alimentos e que, embora parcialmente suprida por doações de particulares, a anormalidade persistia, inclusive em relação a frutas, verduras e leite, alimentos indispensáveis para as crianças e bebês, além da quantidade de pães que fora reduzida à metade, tendo sido agravada a questão pela falta de cuidadores, cozinheira, motorista, dentre outros, fazendo com que faltem às consultas agendadas com médicos, psicólogos, à escola, atividades esportivas e de lazer, visitas familiares, dentre outras, necessitando de atuação emergência”, disse a promotora.
Diante da falta até de pão para as crianças, a promotora mandou um ofício ao secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humano, Isaltino Nascimento (PSB), convocando o mesmo para responder pela falta de comida para as crianças, em audiência na próxima sexta-feira (10) às 14 horas, no Ministério Público do Estado (MPPE).
O MPPE já está investigando quem deve ser punido, em inquérito aberto nesta terça-feira (07). Em paralelo, também tenta resolver a situação da falta de alimentos.
Fonte: Blog do Jamildo
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