Dr. Gamaliel Marques

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Uma Paixão para o Recife

m sua 14ª temporada, espetáculo marca os 33 anos de José Pimentel no papel de Cristo
AMANDA SENA    

Hoje, pela 14ª vez, o Marco Zero, no Recife Antigo, recebe a montagem da “Paixão de Cristo do Recife”. E a história, contada em três palcos, que se transformam em nove diferentes cenários, tem uma conotação diferente para o elenco, em especial para José Pimentel, que este ano comemora 33 anos interpretando Jesus. O espetáculo está diferente - diferenças facilmente percebidas para quem acompanha sua trajetória desde o início.

Pimentel, que além de atuar, assina a direção do espetáculo, diz que haverão novos efeitos de luz na passagem da ressurreição. “Mesmo a cena da ascensão -  que já vem sendo bastante elogiada -,  passou por reformulações para surpreender o público”, diz. E destaca como outro ponto forte do espetáculo, o envolvimento dos atores com os personagens, já que a maioria faz parte do elenco desde o início. A montagem, que surgiu como uma “alternativa” à “Paixão de Cristo de Nova Jerusalém”, deixou de lado o ar de improvisação.
Falando sobre as questões práticas, adereços e figurinos foram reformados e os  efeitos cênicos estão mais significativos. Lilian Pimentel - filha de José Pimentel -, e Roberto Vasconcelos são os responsáveis pelas mudanças. Octávio Catanho, mais conhecido como Tibi, é o responsável pela cenografia dos palcos, que a cada ano precisam ser reforçados em função do forte vento no local.

Tempos melhores e recentes. No ano passado, em função de cortes nos recursos, o espetáculo fez apenas três apresentações, ao contrário das cinco habituais (este ano, as apresentações seguem até o próximo domingo, quando é comemorada a Páscoa). Mas de acordo com o diretor da Associação de Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), Paulo de Castro, que faz a produção do espetáculo, nessa temporada os recursos alcançados através de patrocínios e parcerias atingiram R$ 336 mil, quando o projeto geral estava orçado em R$ 450 mil. “Ainda assim conseguimos fechar as cinco apresentações”, disse o produtor. Gratuita, a encenação chama atenção do público, que responde ao empenho da produção em manter a agenda. “Mesmo com tantas opções as pessoas vão ao Marco Zero assistir a magia que transforma aquele local. Além da emoção da história, também é fundamental a localização, e o fato do espetáculo ser aberto a todos. A “Paixão do Recife” é importante porque é um espetáculo para família,de paz”, garante Paulo de Castro.

Fonte:http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-programa/558833-uma-paixao-para-o-recife-

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