Dr. Gamaliel Marques

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cremesp barra registro de médicos que boicotaram exame

O Cremesp está barrando o registro profissional dos médicos recém-formados que boicotaram o exame de avaliação do Conselho Regional de Medicina do Estado de SP realizado no mês passado.
 
 
A partir deste ano, a participação na prova é exigida para o registro. Mas os candidatos alegam que o desempenho é confidencial e não deveria impedir o registro.
 
O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, confirma a suspensão, mas diz que os casos estão sendo analisados internamente. Segundo ele, de um total de 2.852 recém-formados que fizeram o exame, houve boicote de 85.
 
"É uma situação lamentável e incompreensível, que o primeiro ato dos novos médicos seja descumprir uma resolução do conselho regional. Não temos a intenção de prejudicar ninguém, mas eles [recém-formados] precisam arcar com as consequências de suas decisões. Eles precisam crescer, não são mais estudantes", disse.

Edson Silva/Folhapress
Recém-formados de medicina de Ribeirão Preto com faixas contra o exame do Cremesp
Recém-formados de medicina de Ribeirão Preto com faixas contra o exame do Cremesp

O movimento de boicote defendeu que todos assinalassem a alternativa "b" como resposta para as questões.
 
A Folha apurou que 80 registros suspensos se concentram nas faculdades de medicina da USP de Ribeirão Preto, da Unicamp e na Famema (faculdade de Marília).
 
'RETALIAÇÃO'
 
Para Renato Martins Pedro, 27, recém-formado pelo campus de Ribeirão Preto da USP, a atitude do Cremesp está prejudicando a atuação dos novos profissionais.
 
Ele disse que os alunos receberam uma carta do Cremesp informando que a prova estava sendo analisada e que até 31 de janeiro os alunos teriam uma posição.
 
"Isso é uma punição clara e contrária à Constituição, já que não posso exercer minha profissão e vou perder plantões", afirmou Pedro. Segundo ele, a demanda por plantões para os recém-formados é maior no final de ano.
 
Já Eduardo Vinicius Rosa, 24, recém-formado pela mesma instituição, disse que movimento protestou contra o formato da avaliação. "Não somos contra a prova. O ideal é que fosse realizada uma avaliação seriada contemplando 2º, 4º e 6º anos."
 

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