Por Renata Gondim
Da Folha de Pernambuco
Diante da repercussão que a auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem causando na Câmara Municipal do Recife, o vereador Marcos Menezes (DEM) decidiu, ontem, desabafar e apresentar previamente a sua defesa, que será encaminhada nos próximos dias ao órgão. As notas fiscais apresentadas com exclusividade à Folha de Pernambuco poderão vir a influenciar o TCE a direcionar as suas investigações a outras instituições, a exemplo da Prefeitura do Recife, o Senai e o Movimento Tortura Nunca Mais. Acusado de efetuar compras irregulares em duas papelarias, a Papel Mais (V.F. da Silva Papelaria), e a Papelaria Contato (M.L. Barros Papelaria Ltda), no valor de R$ 6.491,60, o democrata recolheu provas que atestam que ele não foi o único a contratar com as mesmas empresas.
Segundo Menezes, a iniciativa comprova que, tanto ele, como estas instituições (PCR, Senai e Tortura Nunca Mais) podem estar incorrendo ao mesmo erro, porém sem intenção de falsificação ou desvios de verba, como vem sendo questionado publicamente, após o vazamento do relatório preliminar da auditoria feita pelo Tribunal.
“Eu estou recolhendo documentos dessas empresas, inclusive declarações dos proprietários dizendo que estão legalmente cadastrados. Eu estou creditando que são empresas sérias, da mesma forma que eu considero como sérias as outras instituições, a Prefeitura do Recife, o Movimento Tortura Nunca Mais e o Senai, que também compraram nelas”, argumentou o parlamentar.
De acordo com o relatório do TCE, no endereço da Papel Mais foi encontrada uma residência, e no da Papelaria Contato, uma firma de crédito bancário. Nesta última, ainda foi identificada a utilização de notas fiscais falsas, que apresentavam selos fiscais reaproveitados.
“Fica difícil para a gente (vereadores) identificar as empresas que estão ilícitas junta à Fazenda, seja por problema de endereço, por inscrição ou o que quer que seja... Como a gente vai saber que a nota fiscal é falsa, ou que aquele CNPJ não é verdadeiro?”, questionou Marcos Menezes, partindo do pressuposto de que as irregularidades podem estar no âmbito das empresas, e não necessariamente dos vereadores.
“O que eu quero é restabelecer a verdade. Não é a primeira vez que está se fazendo uma auditoria e que possíveis erros foram apontados. Mas sempre consegui provar que não há irregularidade”, defendeu-se o democrata.
Editorial
Mais uma vez a Câmara Municipal do Recife dar sinal que precisa de renovação, cabe a Você Eleitor modificar este quadro. Vamos fazer com que esta Casa trabalhe de acordo com os anseios do nosso POVO.
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