O calvário do Santa Cruz parece não terminar. Em três anos, o clube saiu de campeão pernambucano e disputando a Série A para rebaixado à recém-criada Série D do Campeonato Brasileiro. Administrações confusas, dívidas enormes (cerca de R$ 60 milhões) e problemas com a torcida são só alguns agravantes da crise.
A história começou a ser contada quando o time Coral fez a segunda pior campanha até hoje dos pontos corridos, com apenas 28 pontos em 38 jogos. O time conseguiu ainda a proeza de sofrer 78 gols e perder 24 vezes. Depois, em 2007, jogando a Série B e com um novo presidente - saiu Romerito Jatobá e entrou Édson Nogueira - a equipe foi sétima colocada no Pernambucano e mais uma vez rebaixada nacionalmente
Em 2008, os problemas só cresceram. Mais uma vez sétimo lugar no pernambucano, tendo corrido risco de rebaixamento, eliminado pelo Fast Club na primeira fase da Copa do Brasil e agora rebaixado para a Série D.
- Cheguei tem 18 dias, mas pelo que eu vi faltou organização. Faltou tudo que um grande clube precisa. Pagar em dia, planejamento e organizaçao. Quem não faz essas coisas vai cair sempre. Torcida so nao ganha jogo", disse o experiente zagueiro, que já passou por Botafogo e Santos.
Segundo o diretor de futebol do clube, Jomar Rocha, um dos maiores problemas é não fazer parte do Clube dos 13.
- Existe o Clube dos 13, que decide o orçamento dos clube para a temporada e o Santa Cruz não faz parte dele. Muitos clubes já entraram, como Atlético-PR, Coritiba, Sport, Bahia e Vitória. Sem isso e com a Lei Pelé, fica difícil, pois o futebol é muito comercial hoje em dia. O problema é que em um time de massa, as pessoas querem título e não lucro - esbravejou.
Como último ato da crise em que está imerso o Santa Cruz - time com a maior torcida de Pernambuco - a diretoria tenta antecipar a eleição para outubro. Isso para que o novo presidente tenha tempo para organizar o time. Porém, é provável que o antigo administrador, Romerito Jatobá, reassuma o cargo.
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