Dr. Gamaliel Marques

Dr. Gamaliel Marques

sexta-feira, 1 de junho de 2012

João da Costa diz que tempo de achincalhamento passou e não vai arredar o pé



Informações da repórter Gabriela López

O prefeito João da Costa reafirmou, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (31), que quer tentar a reeleição no pleito municipal de outubro. Costa disse que, com a desistência do deputado federal Maurício Rands de concorrer à prévia marcada para domingo (3), espera que a Executiva Nacional homologue sua candidatura e mandou um recado: "Durante três anos de governo fui muitas vezes achincalhado! Eu quero dizer que este tempo acabou!", declarou em meio a uma explosão de aplausos do militantes presentes.


O prefeito ainda pediu respeito dos correligionários petistas. "É inadmissível eu ser achincalhado não só como militante, mas também na figura institucional de prefeito do Recife". E ressaltou que não é "maior nem menor" do que qualquer outra liderança petista, tendo inclusive ligação com o governador Eduardo Campos (PSB), apontado nos bastidores como um dos incentivadores do imbróglio petista.

Reafirmando que não vai abdicar da candidatura à Prefeitura, Costa disse não ver razões para não manter seu nome. "Se eu acho que fiz um bom governo, tenho apoio de lideranças e acho que posso vencer a eleição, por que não me candidatar?", questionou ao lado do presidente municipal da sigla, Oscar Barreto, da deputado estadual Teresa Leitão, do secretário de Turismo do Recife, André Campos, e dos vereadores Jairo Brito e Osmar Ricardo. O gestor também enfatizou que vai procurar companheiros do partido na tentativa de reunir a sigla.

Em seu discurso, João da Costa criticou a candidatura de Rands, que teria atropelado prazos e não cumprindo o acordo para que o nome dele fosse avaliado. Costa disse também que sempre deixou claro para a Nacional que seria o candidato. "Às vezes as pessoas confundem estar aberto a diálogo com mudar de posição".

Sobre a candidatura de Humberto, o prefeito disse que a indicação do senador Humberto Costa para concorrer ao Palácio do Capibaribe não é algo "certo". "A candidatura do senador foi só uma tese da Executiva Nacional petista. Ela não foi colocada e, quando me falaram desta possibilidade, eu disse que seria o candidato".

A decisão do prefeito já foi comunicada ao presidente Nacional do PT, Rui Falcão, que chega sexta (1º) ao Recife para conversar com o gestor. Falcão deve convocar uma reunião com a Executiva Nacional até a próxima terça (5) para avaliar a posição do prefeito. Aliás, Vilson de Oliveira, um dos membros da Executiva Nacional enviado ao Recife para acompanhar o processo municipal, também estava na coletiva, mas, segundo ele, como "pessoa física". "Estão falando tantas coisas que, para não ter confusão, vim pessoalmente ouvir o que o prefeito disse".

Na quarta-feira (31), o deputado federal licenciado Maurício Rands desistiu de concorrer à prévia marcada para domingo em favor do senador Humberto Costa, nome defendido pela Executiva Nacional para concorrer à sucessão do Recife. Desde então, o prefeito é pressionado para também desistir, mas resiste.

JUSTIÇA - Pelo regulamento do partido, a partir do momento em que a Executiva Nacional interveio no processo interno do Recife, ela tem o poder de retirar João da Costa do pleito e impor o nome do senador Humberto Costa. Membros enviados ao Recife evitam comentar o assunto, afirmando que todo o processo será feito por meio do diálogo e João da Costa seguiu o mesmo caminho. "Não vou tratar da hipótese que vocês [jornalistas] estão tratando", respondeu ao ser questionado se levaria o caso à Justiça.

Costa chega aplaudido ao Diretório Municipal.

Vilson (centro) conversa com o presidente da Municipal Oscar Barreto (esquerda) e jornalistas.

Nenhum comentário: