Dr. Gamaliel Marques

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Padre Marcos, prefeito de Ibimirim, é acusado de engravidar servidora

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Tucano diz que é tudo mentira e fruto de "intrigas políticas"

Por Izabelyta GuerraEspecial para a Folha

Uma polêmica vem tomando conta dos habitantes da cidade de Ibimirim, no Sertão de Pernambuco: o prefeito Antônio Marcos Alexandre (PSDB), o Padre Marcos, seria o pai da criança que a servidora municipal Claudia Rosa de Assis Santos, sua funcionária há seis anos, está esperando. De acordo com o ex-vereador do município, Luis Cândido, o prefeito teria anunciado para funcionários da Prefeitura, durante um jantar, na semana passada, que teria engravidado Claudia Rosa. “A cidade está inconformada. Como pode um padre fazer isso? Já não bastava ele ter traído a Igreja quando entrou para a política?”, questionou Cândido.

Procurado pela reportagem da Folha, o prefeito Marcos Alexandre, reeleito em 2008, assumiu que Claudia Rosa de Assis Santos é sua funcionária de gabinete, mas negou, firmemente, que a teria engravidado. “Isso tudo é conversa desse povo que não tem o que fazer. É tudo mentira”, declarou.  Para justificar o “boato”, o tucano atribuiu tudo às “intrigas políticas”. Justificando ser um assunto pessoal, Claudia Rosa preferiu não tocar no assunto. “Sobre a minha vida pessoal, não devo satisfação a ninguém. Esse assunto é particular”, afirmou.

Consultado sobre o assunto, dom Adriano, bispo da diocese de Floresta, afirmou que tem conhecimento do caso, mas disse que não possui aproximação com padre Marcos, desde que ele foi afastado das atividades religiosas, em 2004, para se candidatar. “Ele foi indicado pela diocese para ser o pároco de Ibimirim, em 2000, mas foi proibido de exercer qualquer atividade ligada ao ministério, em 2004, quando se candidatou pela primeira vez, e definitivamente desligado, em 2008, quando se reelegeu”, explicou dom Adriano.

Mas o bispo esclarece que, apesar de o padre Marcos não atuar mais como pároco do município, ele não está isento dos votos canônicos. “Eu não tenho conhecimento de que ele tenha pedido dispensa a Roma dos seus compromissos com a Igreja. Do ponto de vista canônico, ele ainda é um religioso”, observou.

Claudia Rosa de Assis, que segundo os moradores está grávida de seis meses, foi candidata a vereadora em 2004 pelo PSC, mesmo período em que o religioso lançou sua candidatura para prefeito, inclusive, pelo mesmo partido. Segundo o ex -vereador Luis Cândido, ela já trabalhava junto ao atual prefeito ainda quando ele era o pároco da cidade, há cerca de dez anos. “Ela mora sozinha no distrito de Serra da Estiva e já vivia junto do padre, quando ele chegou aqui jogando água benta em todo mundo”, lembrou Cândido.

Fonte:http://www.blogdafolha.com.br/

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