Dr. Gamaliel Marques

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quarta-feira, 16 de março de 2011

A etiqueta na hora de usar os gadgets (celular)

Da Folha de Pernambuco
  
Elenice Godoy ressalta que brasileiros têm péssimos hábitos no uso do celular
Com a evolução dos celulares e tablets que, cada vez mais, possuem utilitários e opções de interação social de ponta, as relações interpessoais e regras de etiqueta devem ser revistas no início desta década. Seja na mesa de refeição, sala de cinema, cama, enquanto dirige e até mesmo em banheiros públicos, os usuários frenéticos destes dispositivos não consideram local como impedimento para o uso de seus gadgets. De fato, a mobilidade é o grande facilitador dessa atividade e trouxe benefícios como a possibilidade de resolver algum assunto urgente, ficar a par das notícias em tempo real e se comunicar de forma rápida e fácil. Porém, até que ponto o hábito de checar o celular, sem distinção de lugar e hora, incomoda o próximo?

A Intel, recentemente, divulgou uma pesquisa, nos Estados Unidos, que revelou alguns dados provando que a forte união entre dispositivo e usuário pode trazer prejuízos. O primeiro ponto que chama atenção é que essas pessoas se dividem entre adolescentes, que acham completamente normal o hábito de usar estes equipamentos em qualquer hora e lugar, já que cresceram com os celulares sendo itens comuns e essenciais do dia-a-dia, e os adultos, que percebem o incômodo ao outro, mas, mesmo assim, não vêem problema no uso. Segundo a pesquisa, as principais falhas de educação na mobilidade continuam sendo o uso de dispositivos enquanto se dirige um automóvel (73%), falar alto no celular em lugares públicos (65%) e usar o aparelho enquanto caminha pela rua (28%).


A instrutora de etiqueta, Elenice Godoy, afirma que a premissa da educação é respeitar o outro e, portanto já invalida o fato de que, por exemplo, atender o celular no meio do almoço seria correto. “A situação ideal é o telefone desligado, no caso de estar esperando uma ligação importante, não há problemas em deixar ligado, contanto que deixe as outras pessoas do ambiente avisadas”, diz Elenice. A instrutora atenta que o brasileiro tem péssimos hábitos quando se diz respeito ao uso desses dispositivos. “Um exemplo da falta de educação é no avião. Todo mundo sabe que só é permitido ligar o celular quando o avião está de portas abertas e totalmente parado, mas é extremamente comum ver pessoas os ligando assim que a aeronave começa a taxiar”, reclama. Outra situação comum é em reuniões, de acordo com Elenice, o modo ideal para esse momento é o que o celular nem vibre. “O vibracall incomoda, existe um modo ‘reunião’ que serve para registrar quem lhe ligou para depois você retornar”, acrescenta.a


Já o empresário Fernando Moreira afirma que qualquer hora é hora. “Não é má educação, dá para atender nem que seja para dizer que depois retorna”, afirma Fernando que é usuário bastante assíduo de dispositivos móveis. Segundo ele, é para isso que o celular serve, para facilitar a comunicação. Quem afirma esse pensamento é o tecnólogo americano MG Siegler, do Blog TechCrunch, que, em matéria recente, lançou uma previsão: “O futuro é qualquer lugar se adaptar a esse hábito. Por exemplo, ter carregadores e suportes para celulares e tablets em mesas de restaurantes. Isso é inevitável e quem não gosta vai ter que lidar”, prevê Siegler. Em oposição, Elenice diz que o contato excessivo por meio da mobilidade telefônica irá trazer o afastamento do ser humano, “A tendência é as pessoas, cada vez mais, perderem o contato com o próximo. Celular é necessário, mas não pode azedar bons momentos como uma refeição em grupo”.


Como usar o celular educadamente


Em mesa de refeição: deixar no silencioso e no caso de esperar uma ligação de urgência, avisar aos outros membros da mesa que irá precisar atender eventualmente;


No cinema: deixar desligado ou em modo silencioso sem vibracall. Jamais atender;


No trânsito: deixar no silencioso ou usar um dispositivo bluetooth, pois não exige que o motorista perca a atenção ao atender e segurar o aparelho;


Em reuniões, sempre no modo “reunião”, ou seja, sem som e sem vibracall;


Em qualquer lugar, o usuário deve falar em tom baixo tomando cuidado para que somente a pessoa do outro lado da linha lhe ouça claramente. De acordo com as normas sociais, voz alta incomoda bastante.

Fonte:http://www.folhape.com.br/index.php/noticias-geral/625913?task=view

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