Dr. Gamaliel Marques

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domingo, 10 de julho de 2011

Seleção Brasileira Feminina esbarra mais uma vez nos EUA, cai nos pênaltis e diz adeus ao Mundial


Jogo teve lances duvidosos, musa norte-americana inspirada e Marta como protagonista; próxima rival é a França

A história se repetiu. Como na Olimpíada de Atenas, em 2004 e de Pequim, em 2008, o Brasil jogou melhor, comandou o jogo e ficou muito perto de vencer os Estados Unidos. Como em Atenas em Pequim, o Brasil perdeu. Desta vez, a queda foi nos pênaltis, por 5 a 3, após empate por 2 a 2 no tempo regulamentar e prorrogação.

Não faltou polêmica, não faltou emoção, nem luta. Faltou, sim, a experiência para segurar o placar favorável ­ o mesmo problema das duas finais olímpicas. E o Brasil caiu em um jogo que teve de tudo um pouco.

Teve gol contra de Daiane, no primeiro minuto de jogo. Teve bola na trave dois lados, entrada criminosa de Carli Lloyd, punida apenas com cartão amarelo. Teve, também, um pênalti duvidoso para a seleção brasileira, seguido da expulsão ­ igualmente duvidosa ­ de Rachel Buehler.

E, depois da cobrança de Cristiane parar nas mãos de Hope Solo, o duelo das quartas teve uma protagonista acidental: a árbitra australiana Jacqui Melksham anulou a cobrança, alegando que Hope Solo havia se adiantado. A bela goleira dos Estados Unidos ficou indignada e recebeu cartão amarelo.

A partir de então, a protagonista passou a ser outra. A árbitra Jacqui Melksham ficou em segundo plano. Até mesmo Hope Solo ­ a musa do Mundial ­ foi ofuscada. Era a vez de Marta mandar no jogo.

Primeiro, a camisa 10 brasileira pegou a bola das mãos de Cristiane para cobrar a repetição do pênalti e empatar o jogo por 1 a 1. Depois, já na prorrogação, foi a vez de a melhor do mundo bater de primeira apóz cruzamento da esquerda. E, com um toque improvável, fazer 2 a 1 para a seleção brasileira.

Mas a história não havia terminado. E, quando o Brasil estava a um minuto das semifinais, Abby Wambach salvou as alemãs. Com um gol de cabeça aos 17 do segundo tempo da prorrogação, a norte-americana empatou mais uma vez a partida.

Não havia tempo para mais nada. Os pênaltis decidiriam o destino de Brasil e Estados Unidos no Mundial.

Então, a protagonista voltou a ser Hope Solo. A goleira norte-americana pegou a cobrança de Daiane, a terceira do Brasil. E, muito competentes nas cobranças, as adversárias não erraram. O placar terminou com 5 a 3 em favor da equipe estadunidense.

O próximo desafio da seleção norte-americana, na disputa por uma vaga na decisão, será a França, que passou pela a Inglaterra nos pênaltis. Do outro lado da chave, duelam Suécia e Japão ­ algoz da a anfitriã e favorita Alemanha.

FICHA TÉCNICA BRASIL X ESTADOS UNIDOS

Local: Estádio Rudolf Harbig, em Dresden (Alemanha)
Data: 10 de julho de 2011 (Domingo)
Horário: 12h30 (de Brasília)
Árbitro: Jacqui Melksham (AUS)
Assistentes: Allyson Flynn e Sarah Ho (ambas da Áustria)

Cartões Amarelos: Maurine, Aline, Marta e Erika (Brasil), Hope Solo, Shannon Boxx, Carli Lloyd e Megan Rapinoe (Estados Unidos)
Cartão Vermelho: Rachel Buehler (Estados Unidos)

GOLS: BRASIL: Marta, aos 22 minutos do segundo tempo e ao 1 minuto do primeiro tempo da prorrogação. ESTADOS UNIDOS: Daiane (contra), ao 1 minuto do primeiro tempo. Wambach aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação.

BRASIL: Andreia, Daiane, Maurine e Aline; Rosana (Francielle), Ester, Formiga (Renata), Erika e Fabiana; Cristiane e Marta Técnico: Kleiton Lima
ESTADOS UNIDOS: Solo, Rampone, Lepeilbelt, Rodriguez (Morgan) e Buehler; Wambach, Cheney (Rapinoe), Krieger e Boxx; Llyod e O'Reilly Técnico: Pia Sundhage

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