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Quinteto Violado e Terezinha do Acordeon dividem o Palco do
Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu |
Com palco aberto para esplanada, público poderá conferir um bis do show do
Quinteto Violado e Terezinha do Acordeon com a Orquestra Sinfônica do Recife,
que abriu os festejos juninos no Recife.
O Parque Dona Lindu, que
virou novo polo junino neste ano, encerra sua programação nesta quarta-feira
(29), Dia de São Pedro. O complexo de lazer e cultura de Boa Viagem recebe, às
20h30, bis do show do Quinteto Violado e Terezinha do Acordeon - homenageados
pela Prefeitura do Recife no ciclo junino - com a Orquestra Sinfônica do Recife
(OSR), sob a regência do maestro Osman Giuseppe Gioia. Desta vez, o show será
realizado ao ar livre, com o palco do Teatro Luiz Mendonça aberto para
esplanada.
A apresentação abriu os festejos juninos da capital no dia 08
de junho. Devido ao sucesso do show, a Prefeitura do Recife, por meio da
Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, decidiu repetir
o espetáculo no encerramento do Ciclo Junino. No dia 08, como a previsão
meteorológica que indicava uma grande possibilidade de chuvas, o show foi
realizado no teatro fechado, com distribuição gratuita de ingressos. O teatro
ficou lotado, inclusive com cadeiras extras para acomodar um público de 700
pessoas.
Durante os festejos juninos, o Parque Dona Lindu foi aprovado
pelo público como polo de forró. Com shows ao ar livre, o Parque teve noites com
os artistas Israel Filho, Irah Caldeira, Dudu do Acordeon, Cristina Amaral,
Dominguinhos, Nádia Maia, Ivan Ferraz, Camarão e Banda, Arlindo dos 8 Baixos,
Anastácia, entre outros.
Na apresentação desta quarta (29), o Quinteto
Violado relembra sucessos dos 40 anos de carreira como a música “Cavalo
Marinho”, que ganhou arranjo inédito do maestro Ruriá Duprat especialmente para
a apresentação. O repertório traz ainda clássicos da música nordestina como “Asa
Branca” e “Que nem jiló”.
No dia 08, o show empolgou a plateia, que em
certos momentos batia palmas e cantava junto. Teve gente até que se levantou das
cadeiras para dançar. Nesta quarta (29), a animação promete ainda ser maior, já
que haverá mais espaço para a dança. Outro momento que promete grande emoção é a
interpretação de músicas do paraibano Geraldo Vandré como “Hora de Lutar”,
“Disparada” e “Canção da Despedida”.
Quinteto Violado - Em 2011, o grupo
comemora 40 anos de carreira com uma identidade sonora consolidada, que
conquistou admiradores pelo Brasil e pelo mundo. Para comemorar, o grupo lança
este ano o projeto Lá Vêm os Violados: Quinteto Violado 40 Anos, que inclui um
livro (escrito pelo jornalista pernambucano José Telles), CD, DVD e a realização
de shows e exposição iconográfica.
Surgido em 1971 com foco na música
regional e na valorização da cultura musical brasileira, o Quinteto Violado
reúne as sonoridades do contrabaixo, violão, viola, flauta, teclado, percussão e
vozes. Nas quatro décadas de trajetória artística, o grupo gravou 37 álbuns,
além de compilações e projetos especiais. Inspirado numa filosofia mambembe de
peregrinação, o Quinteto Violado percorreu o país para a realização de shows,
acumulando mais de um milhão de quilômetros rodados em estradas. Desta forma,
promoveu intensos diálogos artísticos, despertando o interesse de variadas
plateias.
Terezinha do Acordeon - Com sete álbuns gravados, Terezinha do
Acordeon simboliza a força feminina de um gênero musical que não perde a
capacidade de se reinventar. Na sua trajetória artística, dividiu o palco com
grandes nomes do forró como Dominguinhos, Quinteto Violado, Nando Cordel e Elba
Ramalho.
Nascida na cidade de Barbalha, no Ceará, em 15 de julho de
1950, Terezinha Bezerra Chaves foi criada em Salgueiro (PE), onde passou a morar
com menos de um ano de idade. Foram nas noites de forró no Engenho do Sítio
Icós, pertencente ao seu avô materno, que começou a observar o toque da sanfona.
Aos dez anos, Terezinha ganhou a permissão do sanfoneiro Antônio Mandu para
manusear uma pequena sanfona de 48 baixos, ponto de partida para sua carreira
musical.
Aos 14 anos, Terezinha já ganhava os primeiros cachês, tocando
no conjunto Os Cometas. Aos 20 anos, casou e acabou se afastando da música. Doze
anos depois, retomou ao grande amor pela sanfona e voltou a tocar. Como jamais
se conformou apenas com a condição de sanfoneira, nos anos 80, Terezinha do
Acordeon levantou a bandeira do forró pé-de-serra. Foi fundadora da primeira
Associação dos Trios de Pé-de-Serra de Pernambuco, da primeira Orquestra
Sanfônica de Pernambuco, do Bloco Sanfona do Povo e do grupo musical feminino
Karolinas com K.
Fonte:http://www.recife.pe.gov.br/2011/06/28/parque_dona_lindu_recebe_show_de_despedida_do_ciclo_junino_177463.php