Considerados pequenos em nível nacional, PSC, PTC e PHS fizeram deputados estaduais em Pernambuco, mas nunca contaram com a confiança de Eduardo Campos para comandarem secretarias e cargos na estrutura governamental. O PSC teve o mais votado da Assembleia pela segunda vez, Cleiton Collins, e ainda fez Carlos Eduardo Cadoca federal. O PTC e o PHS elegeram três e dois estaduais, respectivamente. Mesmo com esta força estadual, as três legendas deverão ficar fora da administração.
Situação igual à das legendas que não terão deputado estadual ou federal, a partir de 2011. Destes, apenas o PTdoB levantou a voz para cobrar cargos no Governo do Estado. Os dirigentes do PSDC e PSL evitaram as polêmicas ao recorrerem ao discurso padrão de que desejam contribuir com o projeto sem, necessariamente, ocuparem postos. Os presidentes do PRB e do PRP sequer retornaram às ligações da reportagem para comentar o assunto. Em reserva, contudo, políticos ligados às siglas reconhecem a dificuldade delas de passarem à frente dos partidos mais robustos na preferência do governador.
Único a se rebelar publicamente, o secretário regional do PTdoB, Gamaliel Marques, disse o que alguns só tratam em conversas internas. “Na campanha, Eduardo disse que teríamos o espaço, mas ainda não nos foi colocado esse espaço. Estamos juntos desde o primeiro governo e não é só o PTdoB que espera ser contemplado; são os outros partidos pequenos também, como o PTC, PRP, PHS... Do mesmo jeito que PDT, PR, PT. Fazer composição onde a gente só serve de apoio, não queremos mais. Vamos repensar as alianças em níveis estadual e municipal. No plano federal, o PTdoB já rompeu com o PT”, reclamou.
Por outro lado, a suplente de deputada Beatriz Vidal, presidente do PSDC, destacou o interesse do partido de que o governador a procure para discutir o projeto político. “A discussão tem que ser em cima do planejamento desses quatro anos em que o Estado viverá um grande momento. O PSDC deseja estar nessa discussão, cargos são consequências. Agora, é lógico que qualquer partido deseja espaço político. Ainda mais nós que somos um partido pequeno. Queremos mostrar nossos quadros”, ponderou Beatriz.
O ex-vereador e presidente do PSL, Antônio de Oliveira, seguiu na mesma linha, ressaltando que a legenda “não está preocupada com secretaria”. “Pelo contrário, não há necessidade de pedir, fica a critério do governador. Se ele achar que a gente merece estamos prontos para ajudar”, afirmou.
Fonte:http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-politica/604536-maioria-das-siglas-aliados-fica-sem-nada
Nenhum comentário:
Postar um comentário